Portuguese Unschooling Information

In November 2013 Notícias Magazine ran an interview that took three pages of their supplement "Vida Inteligente." The interview appeared on their website, too, with a different photo than the two in the paper edition.

Escola da vida, escola em casa, por Rita Penedos Duarte, Fotografia de Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

A PDF (thanks to Bruno and Marta): portuguese/InterviewSandra2013.pdf
[Note from Sandra: a full page of a Lisbon newspaper was a photo of me. That's a little.... surprising. 🙂 The interview was conducted in June, at a hillside park with a beautiful view of Lisbon. The photographer must have taken 120 photos or more. I'm glad hands show in all of them. I like photos with hands.]

Here are photos by António Souto of the speakers—Marta Venturini, Sandra Dodd, and Joyce Fetteroll, 2013.

Click here for a photo gallery overlaid on the page.
These came of the Simpósio "Sandra Dodd e amigos em Lisboa," organized by Marta Pires (Marta Venturini Machado) in Lisbon in 2013
Perguntas mais frequentes sobre o "unschooling" e respectivas respostas and
Uma Conversa Sobre o "Unschooling"... Em Português!

Traduções em Português de algumas informações sobre o "unschooling".

As traduções dos escritos de Sandra Dodd foram realizadas por Marta Venturini Machado, com a valiosa ajuda e colaboração da Alex Polikowsky, salvo alguma situação especificada

"Ler um pouco, experimentar um pouco, esperar um pouco, observar. Repetir."

~ Sandra Dodd

As seguintes mensagens curtas foram escolhidas do blog "Just Add Light and Stir", traduzido para português como "Juntar uma pitada de luz e mexer", um blog diário com mensagens inspiradoras e encorajadoras para pais “unschoolers” escrito pela Sandra Dodd. Tal como mencionado acima, mais material (entrevistas, artigos, páginas do site SandraDodd.com) está a ser traduzido e será aqui colocado.

✽=Versão original, em Inglês


Outras traduções

Mudança Gradual

Fazer o "Unschooling" Bem

Precisamente Como Fazer "Unschooling"

Como Ser um Bom "Unschooler"—Pam Sorooshian

Princípios do "Unschooling"

Porque fiz “unschooling” com os meus três filhos

Uma Entrevista com Sandra Dodd, 1998


Juntar uma pitada de luz e mexer

Estar online é bom porque...

Se o tempo dispendido aqui não a deixa intrometer-se e espicaçar e forçar os seus filhos, isso é bom.

Se o tempo dispendido aqui lhe dá confiança para fazer "unschooling", o que lhe vai poupar IMENSO dinheiro e energia e preocupação e mágoa e trabalho de cura interpessoal, isso é bom.

Se tirasse um curso sobre "unschooling" e tivesse de ir às aulas uma ou duas vezes por semana, mais o tempo de deslocação e de leitura e de produção de material escrito, e se isso custasse o mesmo que uma classe no ensino superior, em termos de propinas, mas você pudesse fazer apenas fazer ISTO como alternativa, isso seria bom. (E hey! É verdade!)

—Sandra Dodd

A Fluir Claramente

Clarificar o pensamento é, afinal, aquilo em que o 'unschooling' consiste para os pais. Quando os pais estão/são claros, então a aprendizagem pode fluir à sua volta.
—Sandra Dodd

Vidas analisadas

Hoje vou citar a Joyce Fetteroll:
Se um/a pai/mãe encontrou algo que funciona para a sua família sem perceber porque é que funcionou e de que forma é que o factor personalidade teve um papel nisso, então, para os outros, é pouco melhor do que atirar os dados e escolher uma técnica ao acaso.

Por outro lado, aqueles que estão a viver vidas analisadas, a pensar sobre e a discutir porque é que algo funciona no contexto de florescer relações entre as pessoas, isso é muito melhor que os dados! E ninguém deve "engolir" aquilo que é dito de forma acrítica. Devem interiorizá-lo, virá-lo ao contrário, colocar questões e examiná-lo por si mesmos.

A análise crítica é melhor para atingir objectivos claros do que sentimentos bonitos de "seguirmos os nossos corações" e "a mãe é que sabe o que é melhor".

—Joyce Fetteroll

Aceitem o contágio

O negativismo é contagioso. A alegria pode ser contagiosa, a não ser que a pessoa esteja a empunhar a espada do negativismo, protegida pelo escudo do cinismo.

Não defendam o vosso negativismo.

Permitam-se ser infectados com a alegria dos outros.

—Sandra Dodd

Momento de decidir

O momento de decidir não está relacionado com aquilo que vai fazer no próximo ano ou para o resto da vida do seu filho. O momento de decidir tem a ver com aquilo que vai fazer nos próximos cinco segundos. Eu recomendo que se levantem e que vão fazer algo amável e simpático por outra pessoa, sem dizer uma palavra e suavemente. Nunca mandem a conta; façam desse acto uma oferta da qual se vão esquecer completamente. Façam isso novamente, mais para o final do dia. Não nos digam, não lhes digam a eles, façam-no apenas.
—Sandra Dodd

Tão grande como o mundo

A Joyce Fetteroll escreveu:
Se olharem para a escola e para os currículos de forma objectiva, em vez de olharem para eles como as fontes de conhecimento que se apregoa serem, é mais fácil ver quão imensamente limitadores são.

As crianças estão presas lá dentro a memorizar factos sobre a vida e sobre o mundo a partir dos factos pré-digeridos de outra pessoa.

As crianças que estão a fazer "unschooling" estão lá fora no mundo, a aprender da maneira como os seres humanos foram desenhados para aprender: a juntar informação sobre o que observam e a extrair um entendimento sobre isso.

As vidas das crianças escolarizadas são limitadas. As vidas das crianças que fazem "unschooling" são tão grandes como o mundo à volta deles. E com a internet e a televisão, isso é praticamente infinito!

—Joyce Fetteroll
"Faça isso ESTE ano."
As palavras de Kelly Lovejoy:

Se soubesse que já só tinha mais um ano com aquela criança, a que é que iria expô-la? Onde iria com ela? O que é que comeriam? O que é que iriam ver? O que é que fariam?

Se só tivesse UM ano --e depois tudo terminaria, o que é que faria? Quatro estações. Doze meses. 365 dias.

Faça isso ESTE ano. E no próximo.

É assim que o "unschooling" funciona. Vivendo a vida como se fosse uma aventura. Como se apenas tivesse uma quantidade limitada de tempo com aquela criança. Porque é assim que É.

—Kelly Lovejoy

Princípios em vez de regras

A ideia de viver de acordo com princípios já surgiu anteriormente e irá surgir de novo. Nas primeiras vezes em que comecei a brincar com a ideia, ao preparar uma apresentação para uma conferência, estava a ter dificuldades em conseguir que até o meu marido e amigos mais chegados percebessem o que eu queria dizer. Pessoas extremamente inteligentes aqui da cidade, pais, olhavam para mim de olhar vazio e diziam "princípios é apenas outra palavra para regras".

Eu estava determinada a descobrir como é que podia explicá-lo, mas ainda não é fácil de descrever ou de aceitar, e penso que isso seja porque a nossa cultura está recheada de regras e tem pouco respeito pela ideia de "princípios". Parece moralista ou espiritual falar sobre os princípios de uma pessoa, ou às vezes as pessoas que não o vêem dessa maneira vão ter medo, de qualquer forma, que a conversa se esteja a tornar filosófica e para lá do seu interesse ou capacidade.

As regras são coisas como "Nunca batas no cão" e "Não fales com estranhos".

Os princípios são mais do género "Ser gentil com o cão é bom para o cão e bom para ti também" ou "As pessoas que não conheces podem ser perigosas". Não são "o que fazer". São "como é que decides?" e "porquê?" na esfera do pensamento e da tomada de decisão.

A resposta à maioria das perguntas é "depende".

Aquilo de que depende tem muitas vezes a ver com os princípios.

—Sandra Dodd

Heroísmo

Proteja o seu filho dos "maus da fita". Qualquer pessoa que queira separar a sua equipa ou questionar a sua relação é um "mau da fita". Seja o protector e defensor do seu filho. Seja um herói.

Quando o seu filho fizer coisas amáveis e delicadas para si, não o afaste. Esteja atenta aos gestos que nutrem. Reconheça-os. Deixe que o seu filho seja também o herói às vezes.

—Sandra Dodd
P.S. Não faça do outro pai o "mau da fita". Isso prejudica o seu filho.
Espontaneidade, mais do que controle
Se quiser fazer com que o sol se erga, primeiro veja a que horas se espera que nasça e dê-lhe a ordem nesse preciso momento.

Se quiser fazer com que as crianças façam o que você quer, descubra o que é que elas querem fazer e o que gostariam de fazer, e faça com que pareça que foi você que providenciou essa coisa ou oportunidade, se quiser, a princípio, se isso fizer com que sinta que foi você que fez com que o sol nascesse. Mas aqueles que insistem que devem e podem e vão controlar outra pessoa, muitas vezes acabam sozinhos, pelo menos emocionalmente, senão até fisicamente.

Para se ter uma vida de aprendizagem e alegria, a espontaneidade é mais importante que o controle. A aceitação é mais valiosa que a resistência.

—Sandra Dodd
Vão com calma, mas divirtam-se!
Algumas pessoas exageram os seus casos e dizem "Os nossos filhos nunca irão para a escola". Nós não. Antes de mais, não é algo que pai algum possa garantir. Mas nós não queimámos os nossos cartuchos, nem nos comprometemos com um futuro oculto. O que nós dissemos foi "O Kirby vai ficar em casa outra vez". Quando as pessoas faziam as perguntas inevitáveis, nós dizíamos coisas como "Por agora, está a funcionar", ou "Se deixar de funcionar, experimentamos outra coisa", ou "Se ele deixar de se divertir, pode ir para a escola". E aí tínhamos o cuidado de garantir que ele se divertia imenso!
—Sandra Dodd
Um processo alegre
Ok, nem todos os dias nos deixam com a sensação de que somos a Julie Andrews a rodopiar no cimo daquele monte a cantar a "Música no Coração", mas tantos dos meus dias deixam-me precisamente com esse sentimento.

EU NÃO VOU ABDICAR DESTE TIPO DE VIDA. :-)

Sabem, eu passei uns bons 30 dos meus 35 anos de vida num ou noutro tipo de contexto estruturado, procurando arduamente agradar os outros e a viver de acordo com os seus parâmetros, que eu me convenci que eram os meus. Sinto que vou estar a desintoxicar-me disto para o resto da minha vida e é um processo alegre. Viver fora da caixa faz com que eu seja uma pessoa que está em paz, uma pessoa que os outros observam constantemente como estando "sempre tão feliz". Eu costumava ser muito boa a "desabrochar onde me plantassem", o que obviamente não era felicidade genuína, e a tensão notava-se inevitavelmente. Finalmente, sou feliz nos meus próprios termos e a diferença é óbvia para mim.

—Paula L / "Paulapalooza"
Escolhas melhores

A minha sugestão é que focalizem em escolher a "melhor" opção de cada vez que possam. Penso que este foi o conselho que me deram que mais me ajudou enquanto mãe de crianças mais pequenas - era surpreendentemente prático e encorajava simplesmente a considerar pelo menos duas opções e a escolher a melhor das duas. Da próxima vez, tentem pensar na que escolheram e noutra - escolham a melhor opção. Se escolheram uma opção que não vos deixou felizes depois do facto, nessa altura pensem no que poderia ter sido uma opção melhor - tenham essa à mão para a próxima vez.

Não esperem ser perfeitos, mas tenham a expectativa de que vão estar a melhorar todas as vezes.

—Pam Sorooshian
Como Sermos Melhores Pais
Sobre a paciência:

Aprender a pensar em duas alternativas e optar pela melhor das duas é a melhor ferramenta que já encontrei e funciona sempre. Se as duas opções forem "aquilo que fizeram comigo" e "aquilo que eu gostava que antes tivessem feito comigo", é também curativo de todas as vezes.

—Sandra Dodd
Gostarmos da nossa vida
A paz pode ser apenas contentamento - sermos felizes onde estamos, gostarmos da nossa vida.
—Sandra Dodd

Bom demais para ser verdade?

Parece bom demais para ser verdade, mas não é. Estar ligado [a alguém] é melhor do que ser controlador. Estar interessado é melhor do que estar entediado. Ser brincalhão é mais divertido do que não ser brincalhão!
—Melissa Wiley

Ouvirmos o que dizemos

Dizermos aquilo que tencionamos dizer, em vez de usarmos frases feitas sem pensar, é muito, muito importante. Ouvir aquilo que digo enquanto mãe é crucial para um estado intencional de atenção plena, e sem julgamento, no momento presente (mindfulness).
—Sandra Dodd

Às vezes, mais é melhor

A Leah Rose escreveu:
Tenho pensado naquele dizer: "Tudo com moderação". Da próxima vez que alguém me disser isso, acho que sou capaz de lhes perguntar: "Queres dizer que devemos ter alegria com moderação? Devemos ter paz com moderação? Gentileza com moderação? Paciência com moderação? Perdão? Compaixão? Humildade?".

Sinceramente, costumava pensar que me parecia uma filosofia muito sensata e equilibrada. Agora, quanto mais penso nisso, menos sentido me faz.

—Sandra Dodd

ELSEWHERE:

Dar a luz a nós mesmos, aos nossos filhos, e ao nosso mundo (article by Amy Childs, on her site)

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